“Dou-vos
um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como Eu vos tenho amado, assim
também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisso todos conhecerão que sois meus
discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (Jo 13, 34-35).
Nosso Senhor Jesus Cristo deixou para
seus discípulos uma missão: “Ide por todo
o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” (Mc 16, 15); e o Evangelho
de Jesus é o anuncio da Boa-Nova: Deus nos ama e nos salvou pelo sangue do
Cordeiro Pascal e todos que crerdes e for batizado em Cristo, pelo Espirito
Santo, será salvo.
Assim nasceu a Igreja, fundada pelos apóstolos
e discípulos, sob os alicerces do Evangelho de Jesus Cristo. E a Igreja adotou
a missão evangelizadora, indo a todas as nações, a todas as terras, a todos os
povos.
A Igreja e seus membros se tornam “cristãos”,
não porque assumiram a missão de evangelização, e sim porque vivem conforme o
mandamento do Filho de Deus, o mandamento do Amor.
Jesus ensina que os profetas e a lei de
Deus se resumem em dois mandamentos: “Amarás
o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas
forças e de todo o teu pensamento; e a teu próximo como a ti mesmo.” (Lc
10, 27). O amor para com Deus e com o próximo deve ser a prática vivida pelas
criaturas e pelos homens.
Mas o Senhor Jesus deu aos seus discípulos
um novo mandamento, que conduziria suas vidas e no qual os homens reconheceriam
os discípulos como irmãos e irmãs em Cristo: “Amai-vos uns aos outros. Como Eu vos tenho amado” (Jo 14, 34).
A lei mosaica (de Moisés) e os profetas instruem
a viver o amor ao próximo como eu me amo. Porém não sabemos como nos amar e nem
como amar ao próximo. Dessa forma, como seremos capazes de viver o mandamento
de Deus.
Por isso, o Cristo nos ensina uma nova
forma de amar. Ele nos ama profundamente, incondicionalmente, sem medida, sem ciúmes,
sem interesse. Seu amor não é sufocante, não é um fardo, não é opressor, é
libertador, é misericordioso, é acolhedor, é transformador.
Devemos amar como Ele nos amou e se
assim fizermos, viveremos o Amor para com Deus. Pois Nosso Deus habita todas as
suas criaturas, na criação e nos homens. Amar o outro é amar a Deus Pai.
Nosso Senhor Jesus nos acolheu no Amor e
assim devemos acolher com Amor de Cristo os outros, para glória de Deus (Rm 15,
7). Pelo sangue do Cordeiro de Deus ganhamos uma nova vida e pelo o Evangelho
do Filho do Homem nossa vida ganha um novo sentido.
O apóstolo Paulo escreve a comunidade de
Gálatas a importância da prática do bem (do amor) para com todos os homens,
inclusive para os que vivem na fé (Gl 6, 10). Porque somos todos membros do
corpo de Cristo, então se falto com amor para com meus irmãos de fé, na verdade,
falto com amor para com o Senhor e com Deus.
São Tiago nos ensina que o amor deve ser
para com todos, “mas se vos deixais levar
por distinção de pessoas, cometeis uma falta e series condenado pela lei como
transgressores” (Tg 2, 9). Cristo veio para todos e por todos, Seu sacrifício
foi para redimir os pecados da humanidade e sua entrega foi por Amor aos homens
para que sejamos filhos adotivos em Deus Pai.
A Palavra de Jesus nos ensina que o Amor
de Deus é para com todas as suas criaturas e para com todos os homens e assim também
devemos ser, temos que amar a todos, sem escolha ou interesses. Cristo ainda nos
diz: “Amai vossos inimigos, fazei bem aos
que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem. Deste modo sereis
os filhos de vosso Pai do céu, pois Ele faz nascer o sol tanto sobre os maus
como os bons, e faz chover sobre os justos e sobre injustos. Portanto, sede
perfeitos, assim como vosso Pai Celeste é perfeito” (Mt 5, 44-45.48)
O apóstolo João ainda instrui que não é possível
amar a Deus e odiar o irmão, pois se o irmão que vemos recebe o nosso ódio, ficamos
incapaz de amar Deus invisível (1Jo 4, 20).
O Amor de Deus Pai é perfeito e nos
oferece paz e alegrias. Quando eu amo meu irmão de fé, meu inimigo ou o outro
que desconheço, eu dou a ele paz e alegrias, ofereço perdão e o acolho para uma
nova vida.
Amar meu irmão é amar a Deus, “porque o amor vem de Deus, e todo o que ama
é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus,
porque Deus é amor. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e
Deus nele” (1Jo 4, 7-8. 16b).
Para sermos discípulos de Jesus Cristo
devemos aprender a viver o Mandamento do Amor. Um amor incondicional, puro e
eterno. Um amor que imita o Amor de Deus. Como o Senhor nos fala: “nisso todos conhecerão que sois meus discípulos,
se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35) e seremos verdadeiros cristãos.
Deus te abençoe, que o Espírito Santo te
guie e que Maria Santíssima interceda por ti.
Paz de Cristo esteja contigo e com tua
família!