segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

ANO NOVO... RÉVEILLON

Para o cristão o que significa o Ano Novo?
Seria apenas uma mudança de data ou de calendário? Seriam 365 “novas oportunidades”? A chance de cumprir a “promessas” do ano passado e fazer novas “promessas”? Uma mudança de vida, de sonhos, de desejos, etc? Ou seria outra coisa?
Se para a Igreja Católica o ano litúrgico inicia com o Advento e o primeiro dia do novo ano acontece no tempo litúrgico do Natal, a mudança de ano não representa muito para a liturgia. Então porque fazer festa ou comemorar e celebrar o Réveillon?
O Ano Novo não tem um significado litúrgico para o católico, porem seu verdadeiro sentido está ligado à fé cristã. Pois aquele que vive o catolicismo e o cristianismo deve sempre ter esperança no amanha, acreditar e ter grande fé que no raiar do próximo dia tudo será melhor.
Todos os tempos litúrgicos da Igreja nos ensina isso: o Tempo do Advento nos remete aguardar esperançosos pelo amanha, pelo dia de retorno do Messias; o Tempo do Natal nos traz a Luz que iluminará nossos dias, não apenas o dia de hoje, mas todos os dias do amanhã; o Tempo Quaresmal é a ocasião que temos para nos preparar para a salvação que se aproxima no dia de amanha; e o Tempo Pascal é a salvação de hoje, do amanha e da eternidade.
Assim, o dia de amanha deverá ser um dia de alegria e vitoria. O cristão católico não pode temer nem se entristecer pelo dia seguinte, pois o amanha e o futuro pertence a Deus e Ele tem por nós somente o melhor.
  Por isso, comemorar e celebrar o Ano Novo é se alegrar e exaltar o ano que se inicia com a fé e esperança, acreditando que cada dia do novo ano será repleto de alegrias e maravilhas.

Na alegria que o amanhã traz, tenha um excelente ano novo, repleto de paz e alegrias.

Que Deus te abençoe, que o Espírito Santo te guie e que Maria Santíssima interceda por ti.

A Paz de Cristo esteja contigo e com a sua família!

SAGRADA FAMÍLIA: JESUS, MARIA E JOSÉ

Quando Deus enviou seu Filho Primogênito a terra para salvar a humanidade, escolheu que o milagre de redenção acontecesse através do amor e a maior forma de existência do amor se dá na vida familiar, por isso Jesus nasceu de uma mãe, Maria Santíssima, e deve um pai adotivo para cria-lo, São José.
Deus quis que seu filho nascesse em uma família, pois seria através dela que Ele conheceria o primeiro amor, carinho, cuidado e ternura que somente uma mãe e um pai, um esposo e esposa, podem oferecer.
É por meio do amor de Maria e José que Jesus aprenderia amar o próximo e também ser temente a Deus, pois seus pais sempre foram fieis a Deus e cumpriam suas leis. Eles sempre confiaram e acreditaram no Criador e isso fez que seu filho fosse abençoado e crescesse na graça de Deus (Lc 2, 22-24.39-40).
E mesmo sendo o Messias aguardado, Jesus sempre foi um filho obediente aos seus pais e cuidou deles até o fim dos seus dias – e a Sagrada Escritura nos apresenta a obediência e o cuidado do filho a sua mãe no Evangelho de São João (capitulo 2 – Bodas de Caná – e no capitulo 19, versículo 25 a 27 – Crucificação).
A Sagrada Família é então um exemplo de vida cristã, como devemos ser fieis e solícitos a Deus, a nossa família e aos nossos irmãos, pois em Cristo somos todos filhos do Pai. Viver a cristandade é viver como família, revestidos de “sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição” (Cl 3, 12b-14).
 É na vida familiar que viveremos todo o Amor de Deus, seus ensinamentos de paz nos transforma todos em uma única família, unidos ao Pai pela ação do Espírito Santo. E a Sagrada Família é o modelo de devoção de amor que o cristão deve seguir, através do respeito dos mais novos aos mais velhos e dos cuidados que devemos ter um para com o outro com o outro (Eclo 3, 3-7 e Cl 3, 18-21).

Guiados então pelo desejo de sermos verdadeiros cristãos e unidos na família de Deus, peçamos a presença de Jesus em nossa vida e a intercessão de sua mãe, Maria Santíssima e de São José para que sejamos Missionários do Amor.


A Paz de Cristo esteja contigo e com a sua família!

NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

“Não temais, eis que vos anuncio uma Boa-Nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor.” (Lc 2, 10-11)

O Natal do Nosso Senhor Jesus Cristo é a prova de Amor que Deus tem por sua criação. No principio toda a criação habitava junto do Criador, mas a humanidade se deixou perde no pecado e na sombra. Então Deus preparou a salvação para os homens, iniciado pelos patriarcas e pelas leis de Moisés, passando pela formação do povo de Israel, pelo reinado de Davi e seus descendentes e pela presença dos profetas. Tudo isso preparando a humanidade para receber a luz, através da presença do seu Filho Primogênito.
O nascimento de Jesus Cristo é a realização do plano salvífico do Pai Criador pelos homens e mulheres. Ao se encarnar em um corpo humano, Deus assume toda a nossa condição – exceto o pecado – para se assemelhar e se aproximar de nossos corações e assim nos resgatar das sombras e iluminar nossas vidas.
Mas a Luz de Cristo não apenas nos resgatou de uma existência sombria, também nos ofereceu a oportunidade de mais uma vez habitar junto de Deus. Pois Jesus é o Filho Unigênito, aquele que conhece e está intimamente com o Pai e através d’Ele podemos nos aproximar de nosso Amado Criador (Jo 1, 18).
Jesus é o Messias esperado, porem ele não veio como aguardado, em um trono de ouro, esbanjando realeza e com poder de dominar seus inimigos. Ele veio com o objetivo de nos aproximar mais uma vez do Amor de Deus, um amor misericordioso que deseja nossa redenção, nossa salvação e criar um reino de paz e justiça.
E Ele faz tudo isso através de sua simplicidade, sua humildade, seu carisma e sua ternura. Por essa razão, o Filho do Homem nasceu em uma família simples e humilde, sem muitas glorias pelos homens e colocado em uma manjedoura, rodeado apenas por sua mãe, seu pai, alguns animais e por pastores.
Entretanto, o Pai glorifica a encarnação do Filho e bendize aqueles que reconhecerão sua majestade e divindade: “Gloria a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por Ele amado” (Lc 2, 14).
Então para nós cristãos, celebrar o Natal não é apenas “comemorar” um aniversario com presente ou relembrar a historia do nascimento do Menino Jesus, mas é viver verdadeiramente a Luz do Mundo que agora habita conosco. Devemos nos unir ao Cristo Luz e anunciar as Boas-Novas, exaltar sua glória e sermos também luz para o mundo, espalhando o Amor de Deus a todos os povos e nações.

Que Deus te abençoe, que o Espírito Santo te guie e que Maria Santíssima interceda por ti.


A Paz de Cristo esteja contigo e com a sua família!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

SIMBOLOGIA DO ADVENTO



O tempo do Advento é o primeiro tempo litúrgico da Igreja Católica e traz como significado a preparação, a vigilância, a oração e a espera que o cristão deve viver até a chegada do Senhor, seja no Natal ou em sua segunda vinda.
Mas a mensagem que este tempo litúrgico traz ocorre não apenas nas missas, nas celebrações litúrgicas, nas leituras da Sagrada Escritura e nas homilias dos celebrantes. Ao contrario, a maior mensagem do Advento está nos seus símbolos, do quais muitos desconhecem, apesar de serem claros e visíveis e serem comuns fora das igrejas como enfeites de natal.
Dentre os símbolos, o mais visível e comum na Igreja é a cor Roxa. Seu significado remete a penitencia e vigília. Decorar a Igreja e utilizar veste e paramentos litúrgicos na cor roxa simboliza que toda a assembleia, seu celebrante e a liturgia estão vigilantes e penitentes, aguardando o que há de vir. E para todo cristão (ou deveria ser) o que vem é o melhor, aguardamos o advento do Senhor dos senhores.
Contudo o roxo do Advento não significa uma espera triste e cansativa, constitui, na verdade, uma espera paciente e calma, confiante nas alegrias do futuro. E esta confiança traz tanta alegria que inspira um dia de felicidade, simbolizado pela cor Rósea e utilizada especificamente no 3º Domingo do Advento, onde a liturgia anuncia alegria da espera da promessa de Deus se cumpri através da chegada do Messias.
Outro símbolo característico é a Coroa do Advento, representado por uma coroa adornada com ramos verdes e com quatro velas nos pontos cardeais (oeste, sul, leste e norte). As velas em geral são três roxas e uma rosa, mas pode ser usada uma vela roxa, uma verde, uma rosa e uma branca. Cada vela é acessa em um domingo, sendo a vela rosa acessa no 3º domingo.
A Coroa do Advento se tornou tão famosa que atualmente é utilizada como enfeite de natal, são as guirlandas decoradas com laços e penduradas nas portas das casas com o intuito de anunciar o natal.
A coroa simboliza a aliança e a eternidade. Os ramos verdes simboliza vida e esperança de que a vida perdure. As velas roxas e rosa representam as cores do Advento, e as velas roxa, verde, rosa e branca significa, respectivamente, penitencia, esperança, alegria e luz.
O fato de serem quatro velas simboliza os domingos que antecede o Natal e a ordem das velas representa: 1ª – perdão oferecido a Adão e Eva; 2ª – promessa feita os patriarcas; 3ª – alegria do reinado e descendência de Davi; e 4ª – anunciação da paz e justiça feita pelos profetas.
A ultima simbologia da Coroa do Advento é o ascender das velas, quanto todas as velas estão acesa sua luz ilumina toda a Igreja e o coração dos cristãos para a celebração do Natal do Senhor.
E um símbolo do Advento que passa despercebido é a ausência do Hino de Louvor, que deve ser resguardado para a noite de Natal, onde todos os católicos devem alegremente saltar as vozes e glorificarem as maravilhas da noite, “Gloria a Deus no mais alto dos céus e na terra paz ao homens, por Ele amado” (Lc 2, 14).
Existe outros símbolos do Tempo do Advento, porem esses são os mais visíveis e devem ser conhecidos por aqueles que frequentam as missa dominicais e semanais, para que tenham um entendimento melhor do que está acontecendo.
Mas no fim, toda a simbologia e significado do Advento deve ser para despertar no cristão católico o verdadeiro sentido desse tempo, independente de seus significados individuais. Entretanto, conhecer uma pouco mais não faz mal...

Que Deus te abençoe, que o Espírito Santo te guie e que Maria Santíssima interceda por ti.

A Paz de Cristo esteja contigo e com a sua família!

DOGMA DA IMACULADA CONCEIÇÃO


A Fé Católica tem grande devoção por aquela que foi o primeiro sacrário do Corpo de Cristo, Maria Santíssima. Aquele que é prova do Amor de Deus pela humanidade, pois através dela Ele cumpriu o plano da nossa salvação.
E para que tudo se cumprisse por meio de Sua bondade e fidelidade, Deus a preparou antes da sua existência, guardando-a do pecado original. Maria é a Imaculada Conceição, a mulher sem mancha que seria e foi um canal de graça, pela qual o próprio Deus se encarnaria e se faria e fez homem. Jesus Cristo nasceu da Imaculada para também não ter em si o pecado original, que leva a morte todos os homens.
Como Verbo Encarnado, Nosso Senhor Jesus veio para nos salvar do pecado e nos acolheu como irmão e irmãs para sermos filhos adotivos do Pai Celeste. E este caminho se deu em toda a condição humana – na alegria, na dor, nas relações fraternais e sociais, nos desejos e sonhos, em tudo – exceto no pecado.
Cristo poderia nascer por si mesmo sem o pecado original, pois Ele o Deus Filho advindo pelo Espírito Santo. Mas como o pecado veio ao mundo através das escolhas feitas por Eva e Adão, influenciados pela serpente, o Criador quis que a misericórdia e a salvação de seu Filho viessem por meio das escolhas de uma mulher e de um homem. E este casal foi Maria e José, os pais adotivos de Jesus.
Assim, foi necessário que Maria estivesse livre do pecado vindo de Adão e Eva, para se cumprir a anunciação do Arcanjo Gabriel: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus” (Lc 1, 31-33.35b).
Para o catolicismo, viver este dogma é acreditar no Amor de Deus pela sua criação, amor que não se acabou com o fruto do mal, mas na verdade se fortaleceu na concepção imaculada de Maria.
E para definir e estabelecer este dogma, o Papa Pio IX escreve: “A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis” (Bula "Ineffabilis Deus").


Que Deus te abençoe, que o Espírito Santo te guie e que Maria Santíssima interceda por ti.

A Paz de Cristo esteja contigo e com a sua família!