quarta-feira, 12 de abril de 2017

Participar da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo

Na Sexta-feira da Paixão, às 15 horas, é celebrado no mundo inteiro a Leitura da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e a Veneração a Santa Cruz. Momento esse de extrema importância ao Catolicismo, onde a Igreja concede Indulgência Plenária aos fieis que participam piedosamente da veneração da Santa Cruz e beijam devotamente o Santo Lenho na solene Ação Litúrgica.
Toda a fé cristã tem a Santa Cruz de Cristo como alicerce. Sem a aceitação, entrega e sacrifício da Santa Cruz não pode haver ressurreição, nem salvação. O próprio Cristo aceitou e se entregou ao sacrifício da cruz, em obediência ao Pai (Fl 2, 8), para a remissão de nossos pecados e para a salvação do mundo inteiro.
Por isso o dia da Sexta-feira da Paixão é considerado feriado mundial, para que todos os cristãos possam participar da liturgia. Contudo, existem aqueles que preferem aproveitar o dia como uma folga, para aproveitar e descansar dos afazeres do dia-a-dia e até mesmo da vida cristã.
Na solene liturgia da sexta-feira santa recordamos os escritos dos evangelistas São Mateus, São Marcus, São Lucas e São João que narram a Paixão de Jesus Cristo (Mt 26, 36 – 27; Mc 14, 32 – 15; Lc 22, 39 – 23; Jo 18 – 19). E por meio do Evangelho vemos o que é ser, verdadeiramente, um católico: um humilde servo, semelhante ao Cristo, que segue Teus passos, que vive a missão do anuncio do Evangelho e guia seus irmãos ao Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14, 6), sem recuar da cruz.


Entretanto, muitos dos cristãos não imitam a Jesus e se assemelham as outras pessoas descritas no Evangelho da Paixão. Alguns são iguais ao povo e as multidões, que se deixam influenciar pelo momento e pelos outros. Não são firmes na fé.
Assim foram no Domingo de Ramos, aclamavam e louvavam a Deus pela vinda de Jesus Cristo, que adentrava em Jerusalém (Mt 21, 6-11). Mas na sexta-feira santa, O escarnecia e zombava d’Ele, gritando e pedindo a Sua morte, por influencia dos anciões e sacerdotes.
Já há outros cristãos que se identificam com os anciões e sacerdotes. Acham-se melhores que os outros, acreditam sempre ter razão e estarem certos quanto a tudo. Estão fechados em grupos e não aceitam a participação de outras pessoas. São cegos para o mundo e para necessidade do próximo.
Ficam sempre julgando os outros e querem estar por cima, para aparecer e serem visto como os bons. Possuem o ego muito grande. Não são capazes de serem humildes e aceitar os irmãos. Nem te trilhar um caminho de luz e de justiça.
Há também o cristão que imita a Pôncio Pilatos (clique aqui para conhecer um pouco mais sobre o governador). Reconhece seu irmão sofredor, não concorda com a injustiça. Entretanto não é capaz de mudar a realidade. Aceita toda a maldade do mundo e não luta pelo bem e não defende os inocentes. Chega ao ponto de “lavar as mãos” para se inocentar, mas na verdade se omite diante do mundo como cristão.
Alguns cristãos são como os ladrões crucificados ao lado de Jesus. É teimoso e bruto. Precisa sofrer e se humilhar, e no máximo da dor e da agonia que encontram a Luz. Mas tem aqueles que mesmo diante da Luz se recusam à aceita-la. Preferem viver de seu próprio modo e buscam a Deus apenas quando querem.
Tem o cristão que é como os amigos e discípulos do Cristo. Acompanham o Filho de Deus e desejam seguir teus passos. Mas vivem com certo receio o Evangelho, talvez porque tenham um pouco de medo, talvez porque precisar fortalecer a fé ou talvez porque necessitam de apoio para assumir verdadeiramente o compromisso e a missão do Mestre, que é a cruz.
E existe o cristão que é como Simão de Cirene, aceita carregar a cruz, deseja ajudar o seu irmão. Porém, não vai até o fim. Talvez com receio das consequências que são desconhecidas ou extraordinárias. Talvez até com medo de encarar o martírio.
Contemplar a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, acarreta para a Igreja e seu povo toda a compreensão da dor e luta necessária para se vencer o mal. Venerar a Santa Cruz traz o entendimento de todo o Evangelho e nos fortalece na missão de Amor de Deus.
Assim como o Cristo, todo o cristão deve assumir a cruz. Com dor, com sofrimento, com coragem, com amor. E aceitar o sacrifício e a missão do Evangelho, com obediência até a morte, para que o mundo viva a paz e conheça a Salvação de Deus.

Que Deus os abençoe, que o Espirito Santo te ilumine e que Maria Santíssima te acompanhe.


A paz de Cristo esteja contigo e com sua família! Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário